O Chat GPT consiste em um modelo de linguagem treinado pela OpenAI, projetado para responder perguntas e realizar tarefas por meio de inteligência artificial.
No desenvolvimento do Chat GPT, a OpenAI coletou uma imensa quantidade de dados de texto disponíveis na internet, como livros, conversas e artigos. Assim, esses dados foram utilizados para treinar o modelo de inteligência artificial utilizado.
No âmbito da advocacia, o Chat GPT vem sendo usado para fornecer modelos básicos de documentos, sugestões de cláusulas contratuais, modelos de petições iniciais, entre outros. Trata-se de um procedimento que certamente pode colaborar com a profissão jurídica.
Porém, atualmente já é possível verificar que as pessoas vêm tomando decisões estratégicas baseadas em orientações do Chat GPT, o que passa a ser preocupante. Observando esse movimento, para fins desse artigo, foi realizada uma pesquisa empírica sobre tal procedimento e os riscos envolvidos.
Nos testes realizados, foi notória a constatação que a tecnologia do Chat GPT não é capaz de acomodar todos os cenários legais possíveis, seja em pesquisas mais simples ou mais complexas. Ou seja, há uma simplificação excessiva nos resultados.
Outra constatação foi o potencial viés nas orientações jurídicas fornecidas pelo software, possivelmente porque os algoritmos são baseados em conjuntos de dados e, sendo assim, são propensos a vieses, o que certamente traz um risco nos resultados. Por exemplo, foi possível constatar que o mesmo acordo de confidencialidade foi sugerido em diferentes situações expostas.
A constatação foi que a utilização do Chat GPT contribuirá com a advocacia, principalmente na construção de minutas, sugestão de modelos e padronização de documentos. No entanto, o uso desordenado, principalmente por pessoas que não detém conhecimento jurídico apropriado e se baseiam no Chat GPT para suas respectivas decisões, é um risco notório e os resultados dessa exposição são a curto prazo.